O interesse pelo uso de biodiesel enquanto fonte energética tem crescido nos últimos anos,apesar deste ser utilizado como combustível há muitos anos. Um dos grandes desafios para utilizaçãodesse biocombustível é garantir que ele chegue ao mercado dentro das especificações.Dentre os parâmetros que são avaliados, um deles ainda representa um limitante, a estabilidadeoxidativa. O biodiesel oxidado apresenta elevação da sua acidez, viscosidade, corrosividadee a formação de compostos indesejáveis, como polímeros e depósitos, que podem ocasionarproblemas nos motores. A norma brasileira, assim como a européia, define que para um combustívelestar apto à comercialização, quando submetido ao ensaio acelerado Rancimat, natemperatura de 110oC, sob a ação de um fluxo de ar de 10 L/h, deve apresentar uma estabilidadeoxidativa mínima de 6 horas. Apesar de amplamente difundidos, os resultados destemétodo ainda suscitam vários questionamentos. Neste trabalho são propostas três novas metodologiaspara determinação da estabilidade oxidativa do biodiesel, dos óleos e das gorduras.A primeira delas se baseia na medida dos espectros de absorção no visível, estes espectros sãocoletados enquanto a amostra é submetida à oxidação forçada. A segunda técnica baseia-seno monitoramento da foto-oxidação por medidas de espectroscopia de transmissão. A últimautiliza o ozônio como agente potencializador do processo oxidativo, o ozônio é administradoàs amostras durante as medidas realizadas pelo método Rancimat. As técnicas desenvolvidasforam comparadas ao método Rancimat e demonstraram ser capazes de fornecer resultadosconfiáveis, utilizando-se de uma metodologia mais simples e barata de análise.